AILTON ELISIÁRIO
Nulla dies sine linea
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DE VOLTA AO PANTANAL
        Estive de 9 a 12 deste mês revisitando Cuiabá. Visitei esta cidade na década de 80, portanto, há cerca de 30 anos passados. Pelo longo tempo que separa ambas as visitas, posso dizer que esta foi a primeira vez que lá estive tão diferente a urbe hoje se encontra. A cidade cresceu muito e toda uma área nova foi desenvolvida com empreendimentos imobiliários de altos valores de condomínio, rede hoteleira de excelente qualidade e enormes e pomposos prédios públicos.
Integrei a delegação de Nobres Shriners componentes do Clube Shriner Paraíba, para participar da Assembleia Anual do Hikmat Temple e posse do Nobre Potentado Antonio Kato. Comigo mais 5 Shriners com esposas e familiares. Sobre o encontro shriner falarei posteriormente, restringindo-me agora a comentários sobre os passeios turísticos no Pantanal e na Chapada dos Guimarães.
        O Pantanal é uma planície de cerca de 230.000 km² que tem seus campos alagados pelos rios lá existentes. Foi declarado pela UNESCO em 2000 como patrimônio natural mundial da Humanidade. É uma das regiões do Mato Grosso, sendo as outras três o Cerrado, o Araguaia e a Amazonas.
O grupo trafegou pela via Transpantaneira de 155 km que inicia em Poconé em direção a Porto Jofre no rio Cuiabá que faz divisa com o Mato Grosso do Sul, vendo às suas margens diversas aves e animais que descansavam plácidos à sombra de pequenas árvores. Eram jacarés, capivaras, tuiuiús e outros pássaros, que buscam alimentos nas lagoas represadas ao longo de ambos os lados da estrada. Lamentamos um pouco porque não vimos a onça pintada.
Passamos um dia no Pantanal, baseados na Pousada Rio Claro, onde navegamos o rio de mesmo nome e presenciamos além das belezas naturais o voo rasante da águia capturando peixe no leito do rio e o bote do jacaré no abocanhamento do peixe colocado na ponta de uma vara pelo barqueiro que nos conduzia.
        Passamos outro dia no Cerrado, no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães com suas inúmeras nascentes d’água e cachoeiras, montanhas, cavernas, cânions, sítios arqueológicos, sendo a queda d’água mais importante o Véu de Noiva, com seus 85 m de queda d’água. São inúmeras as formações rochosas modeladas pelos ventos e chuvas. Lá no mirante existia um marco que registrava o ponto central de distância entre os oceanos Atlântico e Pacífico. Não o encontrei e o guia me disse que ele havia sido dali retirado ilicitamente por pessoas que não preservam o patrimônio público..
        A praça da cidade de mesmo nome é tomada toda ela de barracas de artesanato. É nela que se realizam o Festival de Jazz, o Carnaval e outras. No seu entorno, localizam-se os restaurantes, as lojas de artesanato e a igreja de Nossa Senhora Sant'Ana do Santíssimo Sacramento, de estilo barroco, erguida há mais de 200 anos, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Nessa praça encontrei o escritor John Coningham, de 80 anos de idade, ali residente, que vende seus livros escritos em português, inglês e alemão, de quem adquiri “De moto pelas Américas... na contramão...”, que li todo no avião durante o percurso de volta para casa.
        Na gastronomia deliciamo-nos com pacu e jacaré e galinha à Maria Isabel no restaurante do mirante do Morro dos Ventos. Foi uma maravilhosa viagem, repleta de ecocultura e caloroso não só pela temperatura local, sempre acima dos 30°C, mas mais ainda pela gentileza e afabilidade dos irmãos shriners que nos receberam.
Ailton Elisiario
Enviado por Ailton Elisiario em 30/06/2017
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