A agência espacial norte-americana NASA - Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço, divulgou há algum tempo que há evidências de que teria existido vida no planeta Marte. O fundamento da informação foi o exame de um meteorito de 1,900 kg encontrado em 1984 na Antártida, cognominado de Meteorito Allan Hills 84001, que se acredita ser um pedaço daquele planeta, resultado da colisão de um asteroide ou de um cometa ocorrido há 15 milhões de anos atrás.
Os cientistas chegaram a esta conclusão porque nele foram encontradas formas semelhantes às de bactérias filamentosas fossilizadas e moléculas orgânicas compostas de carbono e hidrogênio, que denotam vestígios de vida primitiva de antigos micro-organismos. Rechaçada a possibilidade de contaminação do meteorito por micro-organismos terrestres, em razão daquelas moléculas haverem sido encontradas no interior da rocha, persiste a possibilidade de lá ter existido vida rudimentar, mormente quando outros meteoritos pesquisados não demonstraram que haviam sido contaminados.
Embora para a ciência a descoberta seja valiosa, é sem dúvidas para a filosofia mais valiosa ainda, em face das posições ideológicas e doutrinárias de que em todo o Universo só existe vida na Terra. Sabe-se que o Universo é tão imenso, formado por milhões de galáxias e de sistemas solares, que impossível é ao cérebro humano percebê-lo e apreendê-lo em toda a sua vastidão. A Terra representa um pequenino grão de areia em toda essa universalidade, e nela vieram surgir, diz a ciência, vida orgânica há alguns milhões de anos e vida humana há poucos milhares.
Teorias e mais teorias se construíram para atestar que somente nela a vida existe, quer pela graça de Deus, quer pela graça de uma Força ou Energia que sistematiza e ordena o Todo Universal, restando aos demais corpos celestes apenas o vazio e a solidão. Pelo menos, em termos do nosso sistema solar, dizem os astrônomos que Marte, Vênus e Mercúrio, por estarem mais próximos do Sol, e Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão, por estarem mais distantes do Sol, neles é impossível a existência de vida superior, os primeiros por serem muito quentes e os últimos por serem muito frios, de tal modo que somente na Terra existem condições adequadas que comportam a vida, mais especificamente a vida humana.
Paralelamente, dizem tantos sistemas religiosos, que por Deus ter criado céus e terra, e nesta ter criado o homem à sua imagem e semelhança mandando-o que a habitasse e a dominasse, não poderia por isto existir vida senão neste planeta. Mas, os enigmas aparecem e se multiplicam, deixando sem respostas este mesmo homem que habita e domina a Terra. Quem construiu as pirâmides do Egito? Como foram deslocados sem tecnologia avançada blocos de pedra que pesavam toneladas? Quem eram os filhos de Deus que tomaram as filhas dos homens, de que fala a Bíblia em Gênesis 6:1/4? Por que desaparecem navios e aviões no Triângulo das Bermudas? Quem construiu nas montanhas do Peru, do México e de outros países, verdadeiras pistas de navegação aérea nas quais uma aeronave terrestre sequer ali pousou? De onde vêm os objetos voadores não identificados? O que dizer dos extraterrestres capturados pelo exército americano? E tantas outras mil perguntas que ainda permanecem sem respostas.
Particularmente acredito que existe vida em outros lugares do Universo, não necessariamente idêntica à vida humana terrena, mas vida superior, dotada de inteligência, de sentimentos, de vontade, de emoções, de forma física diferente até dos humanos. Porque não entendo que Deus apenas contemplasse com vida superior uma minúscula partícula em toda a imensidão do Universo, povoando-a com seres que se tornaram egoístas, ambiciosos, intolerantes e desonestos. Por conta disto, diz-se que a humanidade é muito pobre em espírito, resultando daí ser a Terra um planeta de expiação. Se isto é verdade, então no reino dos céus deverá haver realmente muitas moradas. A religião já o diz. Que um dia a ciência o diga também. A NASA está aí a abrir este caminho.