SALVE, REGENERAÇÃO CAMPINENSE!
A Loja Maçônica Regeneração Campinense celebra 93 anos de existência ativa em Campina Grande, fundada em 19 de Agosto de 1923 por 40 homens de elevado comportamento moral, sob os auspícios do Grande Oriente do Brasil. Em 1924 instalou seu templo na rua Maciel Pinheiro, num sobrado que pertencia à família de Ivo Macacheira, transferindo-se em 1925 para a rua Vidal de Negreiros, construindo ali o seu Templo definitivo.
No ano de 1963 foi o prédio demolido e em 20 de junho de 1968 o novo Templo era consagrado à Glória do Grande Arquiteto do Universo. Em 1981 o prédio foi acrescido de um anexo com três pavimentos, estando atualmente com uma área construída total de 1.000m² e, em 2003 instalou um elevador, atendendo aos anseios dos Irmãos idosos, que se viam impedidos de participar das reuniões que se realizam no terceiro pavimento do prédio.
Em 1927 o Supremo Conselho do Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito para o Brasil separou-se do Grande Oriente do Brasil, motivando a Loja Regeneração Campinense a desvincular-se do Grande Oriente do Brasil e fundar a Grande Loja Maçônica do Estado da Paraíba em 24 de agosto daquele ano, juntamente com a Loja Branca Dias e a Loja Padre Azevedo, estas sediadas em João Pessoa.
A Loja foi reconhecida de utilidade pública pela Lei nº 5.859, de 7 de Janeiro de 1994 e, desde que foi criada, que se voltou para a prestação do serviço à comunidade. Em 1927 a Loja lançou a pedra fundamental do primeiro hospital da cidade que, inaugurado em 1932 recebeu o título de Hospital Pedro I.
Este hospital esteve sob a administração da Loja até 2013, quando desapropriado pelo Poder Público Municipal recebeu o título de Hospital Municipal Pedro I, permanecendo assegurada a continuidade da ação social da Loja junto ao povo de Campina Grande, pela aplicação no novo hospital dos princípios maçônicos impregnados no velho hospital.
Todavia, neste ano foi criado o Clube Shriners Paraiba, que tem sede na Loja e por objetivo a assistência médico-hospitalar de crianças e adolescentes portadores de patologias específicas, tais como lábios leporinos, fissura palatina, lesões medulares, queimaduras, ortopedia, com atendimento gratuito nos 22 hospitais Shriners for Children nos Estados Unidos, Canadá, México e brevemente no Brasil.
Em 1928 a Loja abriu à comunidade a Biblioteca Arlindo Corrêa, com grande acervo de obras de história e literatura, estando hoje incorporada em parte pela Escola de Ensino Fundamental Antonio Vicente, escola fundada pela Loja em 1948 e em plena atividade desde sua fundação no Bairro de José Pinheiro, com capacidade de matrículas para mil alunos.
Ainda em 1948 construiu o Mausoléu dos Maçons, que foi substituído em 1970 por outro maior. Nos dias de hoje há entre os Irmãos o propósito da criação do museu maçônico, o primeiro a ser instalado no Estado.
Em 1998, na confluência das ruas Vidal de Negreiros e João da Mata, erigiu o Monumento Maçônico. Campina Grande tem 159 logradouros com nomes de maçons, dos quais 124 maçons da Regeneração Campinense hoje dão seus nomes a ruas, travessas, avenidas e praças, o que demonstra a importância da Loja para a cidade pelos serviços prestados pela Loja e pelos próprios maçons.
Ainda em 1988 foi fundado o Clube das Acácias, uma entidade sem fins lucrativos destinada ao esporte e lazer dos seus associados maçons da Loja. Nele funcionava gratuitamente uma escolinha de natação para crianças e adolescentes e para crianças excepcionais de escolas públicas. O Clube das Acácias funcionou até 2004, quando encerrou suas atividades em decorrência da alienação do prédio do Aliança Clube 31 onde o Clube das Acácias estava instalado.
A Loja patrocina as entidades paramaçônicas: a Associação das Samaritanas que congrega as esposas dos maçons, o Bethel das Filhas de Jó e o Capítulo da Ordem DeMolay, que congregam as filhas e filhos adolescentes dos maçons e jovens convidados e as crianças nos Clubes dos Lowtons, Flor de Lotus e Abelhinhas.
Abriga também o Centro de Estudos Maçônicos, a Loja de Estudos e Pesquisas Renascença e os Corpos Superiores do Supremo Conselho da Maçonaria para o Brasil: a Loja de Perfeição, o Capítulo Rosa Cruz, o Conselho de Cavaleiros Kadosch e o Consistório de Príncipes do Real Segredo, integrantes da Inspetoria da 1ª Região Litúrgica do Estado da Paraíba.
Cada um dos maçons através de seus exemplos, das suas profissões, das suas funções públicas e das diversas atividades exercidas, reproduzem no seio da sociedade os ensinamentos bebidos nas fontes da Maçonaria, contribuindo para a formação de uma sociedade mais justa e solidária, com fundamento na trilogia Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
São 93 anos de diuturno trabalho de mais de 1.300 maçons que impregnados dos princípios e postulados da Ordem, se dedicaram ao engrandecimento da Maçonaria de Campina Grande que hoje conta com 18 lojas maçônicas, das quais a Regeneração Campinense é a mais antiga e se constitui indelével referencial histórico.
Ailton Elisiario
Enviado por Ailton Elisiario em 03/10/2016