AILTON ELISIÁRIO
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A FORÇA DA VIDA
A FORÇA DA VIDA

Nesta última semana duas pessoas amigas deixaram nosso convívio: Nair Medeiros Silva e Fernando Filogônio do Ó. Nair tinha um coração generoso e cumpria com responsabilidade sua função social de defensora pública. Fernando era atencioso e aposentado da lide comercial. Ambos, inesperadamente, se foram, deixando atônitos amigos e familiares.
Todos sabemos que um dia será chegada a hora de cada um e, para isto, todos deveriam estar preparados. Mas, o que sempre ocorre, é que a cada instante de separação definitiva fazemos as mesmas perguntas e damos as mesmas respostas. Alguns buscam palavras de consolo, outros permanecem céticos diante delas. Alguns se desesperam, outros se confortam.
O fato, porém, é que não nos acostumamos com a morte, por muito que possamos compreendê-la e para ela estejamos prontos. Ela é a realidade da qual ninguém escapa e será sempre tenebrosa, insondável, misteriosa.  
Porém, como a morte é inevitável, três coisas há que devemos estar sempre lembrados: o que somos, de onde viemos e para onde vamos. Somos, com certeza, frágeis criaturas cuja vida nada mais é que um presente momentâneo entre um passado infinito e um porvir indefinido. Viemos de duas fontes: da Natureza que nos forma o corpo e da Divindade que nos dá o espírito. E vamos para o túmulo e mais além, para a eternidade.
Se todos concordam com a ida para o túmulo, nem todos estão de acordo quanto à ida para a eternidade. Dizemo-nos eternos, mas divergimos quanto à forma da nossa eternidade. A discussão é filosófica, sem chances de esgotamento em tão exíguo espaço.
Assim, convém melhor nos lembrarmos sempre dos nossos deveres que são tantos, para com Deus, a Família, a Pátria e a Humanidade. Sem dúvidas, suportar com paciência os infortúnios e agir com retidão em todos os momentos são dois tremendos deveres. Viver a vida com retidão, no entanto, requer fé e esperança.
A Vida é a luta entre o Bem e o Mal. A Morte não pode ser o fim dessa luta, não pode ser um sono sem sonhos. Nair e Fernando talvez nem tenham se conhecido, mas de certo pela força de suas vidas se eternizaram, porque as influências que exerceram sobre o Bem e o Mal, com seus atos e palavras, produziram efeitos que são perenes nas consciências e na memória dos seus semelhantes.
Ailton Elisiario
Enviado por Ailton Elisiario em 06/03/2012
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